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quarta-feira, 17 de julho de 2013

A ORIGEM DO NOME "ANGOLA"



O nome "Angola" tem raíz no termo "Ngola" que era título de um dos potentados Ambundos que existia no Antigo Reino do Ndongo, entre o Anzele, Ambaca e Pungo Andongo (nas actuais províncias do Bengo, Kwanza Norte, Kwanza Sul e Malange) no tempo do início da expansão da influência dos portugueses sobre o Antigo Reino de Ndongo, na segunda metade do Século XVI.

Ngola A Kiluanje (1515-56) foi o lider do potentado mais destacado do Antigo Reino do Ndongo, sendo conhecido por Ngola A Kiluanje Inene (o Grande Ngola). Ngola A Kiluanje Inene fundou uma dinastia do que mais tarde se havia de vir a conhecer como o Reino de Angola, que entao compreendia, entre outros, os distritos da Ilamba, do Lumbo, do Hari, da Quissama, do Haku e do Musseke. Inicialmente o Ndongo era um chefado vassalo do Antigo Reino do Congo ate Ngola A Kiluange Inene se declarar independente. Outros reis do Antigo Reino do Ndongo independente foram o Rei Ndambi A Ngola (1556–c.1562), o Rei Ngola Kiluanje kia Ndambi (c. 1562-c. 1575), o Rei NjingaNgola Kilombo kia Kasenda (c. 1575–1592), o Rei Mbandi Ngola Kiluanje (1592-1617), o Rei Ngola Nzinga Mbandi (1617-1624), e a Rainha Nzinga Mbande (Ana de Sousa) que reinou de 1624 a 1626. Em 1626 os Portugueses conquistaram o Reino de Angola, passando este a ser vassalo de Portugal. Durante este periodo foram reis do Ndongo Dom Hari A Kiluanje que governou em 1626, e o Rei Ngola Hari, que governou de 1627 a 1657.

O termo "Ngola" tem por sua vez raíz no termo "Ngolo", o que em quimbundo (língua do povo Ambundo) significa "força", de acordo com o "Ensaio de Diccionário Kinbundu-Portuguez", preparado por Joaquim Dias Cordeiro da Matta, impresso na Typographia e Stereotypia Moderna da Casa Editora António Maria Pereira, e publicado em Lisboa no ano de 1893. O mesmo termo em quicongo (lingua do povo Bakongo) significa "rigor, força, fortaleza, ou robustez". Os Portugueses depreenderam assim que o Ngola era aquele que tinha força, aquele que era poderoso.

Apesar de inicialmente o nome e título de Ngola se aplicar sómente aos potentados e região ao longo do curso superior dos rios Lucala e Cuanza, o uso do termo passou a aplicar-se a outras regiões e chefes vizinhos que viriam formar eventualmente o núcleo do domínio português na região. Aos chefes Ngola os Portugueses chamavam-nos "Ngola" e à região chamavam as "Terras do Ngola".

Desde então, as terras vizinhas ao longo dos rios Lucala e Cuanza, sob a tutela dos Ngola e mais tarde conquistadas pelos Portugueses, passaram a ser chamadas e reconhecidas nos mapas e documentos oficiais da época como "Terras do Ngola", depois como "Terras d'Angola", e desde então a colónia portuguesa passou a chamar-se simplesmente "Angola".

Da mesma forma, e conforme Ferreira Diniz (Populações Indígenas de Angola, Imprensa da Universidade, Coimbra, 1918), o nome Ngola acabou por aplicar-se também a alguns grupos do povo Ambundo que ocupavam o mesmo território, incluindo os Ambaquistas, Golungos, Cabires e Dondos, que habitavam a região entre os rios Cuanza, Lifune e Zenza, e que se estendia até aos rios Cuiji (afluente do Cuango) e Gola Luige (afluente do Lucala).



Fontehttp://introestudohistangola.blogspot.com.br/2006/05/31-donde-vem-o-nome-angola.html

segunda-feira, 15 de julho de 2013

A ORIGEM DA NAÇÃO ANGOLA



Os Bantus.

O termo BANTU surgiu nos idos de 1860 quando W. H. Bleck, um teólogo alemão, ao viajar para a África para escrever um gramática isiZulu, acabou por estudar as línguas bantu e percebeu que na grande maioria delas, aparecia o segmento -NTU significando GENTE, PESSOA.

No dialeto Xhosa, por exemplo, a palavra pessoa é UMNTU e pessoas ou povo é ABANTU. Assim, ao designar aquele grupo conferiu a expressão BANTU (pessoas ou povo).

A seguir, percebeu outra características que aproximavam essas línguas entre si e quem sabe, determinavam uma origem comum àqueles povos distintos. O uso de prefixos, ao invés de sufixos – comuns as línguas ocidentais – na formação das classes. Assim, a organização gramatical se faz a partir da semelhança fonética. Por exemplo, todas as palavras que no Umbundo se iniciam pelo prefixo MU- e indicam pessoas são classificadas na Classe I. Já as que se iniciam pelo mesmo prefixo e indicam seres inanimados compreendem a Classe II dos substantivos.

Mas quem são esses povos? Quais as suas características e peculiaridades? São essas perguntas e tantas outras que venho tentando responder, com dificuldade mas com proporcional gana.

O que é comumente aceito pelos estudiosos de uma forma geral, é que o grupo étnico que deu origem a essa diversidade de línguas veio de algum ponto dentro da Floresta do Congo cerca de alguns anos antes do início do Cristianismo e de lá se espalhou pelas outras áreas. Especificamente, de onde vieram e como se espalharam por uma área tão grande e de forma tão abrangente (afinal ocupam 2/3 da África), ainda são perguntas sem resposta.

Nei Lopes descreve em seu livro Bantos, Malês e Identidade Negra que para J. H. Greenberg os mais remotos ancestrais dos Bantu teriam seu habitat primitivo na região do Lago Chade e do médio Benué, na Nigéria de hoje, exatamente onde teria florescido a legendária Civilização de Nok. E ele prossegue esclarecendo que de lá, teriam ido para a região do Monte Camarões onde pela primeira vez se dispersaram – uma parte deles teria atravessado a floresta equatorial e se instalado nas savanas a oeste do lago Tanganica de onde teriam seguido três direções: Atlântico, África Austral e África Oriental.

Contudo, essa teoria não é única, havendo outros estudiosos que acreditam que esses povos vieram da região do Golfo da Guiné, tendo se dispersado por volta dos séculos I e V d.C. para a região dos Grandes Lagos (Alto Nilo). Outros ainda acreditam, que os ancestrais bantu viveram entre os rios Ubangui e Charli (atuais República do Chade e União Sul-Africana), de onde seguiram em direção oeste, chegando aos territórios de Camarões e Nigéria. Posteriormente, devido as condições climáticas insatisfatórias do Saara, teriam migrado para a região sul do território africano. E ainda muitas outras teorias permeiam esse estudo.

Antes da dominação européia sobre essa região, os bantu ou eram tribos agrícolas e guerreiras, ou eram tribos de pastores (e nesse caso, pacíficos). Com a chegada dos europeus, algumas regiões cresceram como Buganda (onde hoje é Uganda) e algumas tribos predominaram como os Zulus, os Soto, os Ndembele, os Shonas e outros. Como os povos precisavam de terras, fosse para o cultivo ou para a criação de animais, a saída do seu local de origem foi imperativa já que, ao que tudo indica eram terras mais áridas.Foram várias as ondas de migração ao longo dos séculos, seguindo o mesmo caminho inicial, mas, terminando por alocar as tribos em pontos diferentes do continente. Ao que parece, esse estabelecimento não era nem planejando, nem tão pouco instantâneo e se definiu ao longo de cerca de duzentos anos (pelo que indicam as pesquisas arqueológicas). Esse tempo foi o suficiente para que as trocas culturais acontecessem.

Bibliografias consultadas:

A Survey Report for the Bantu Languages - Derek Nurse. 2001

Bantos, Malês e Identidade Negra - Nei Lopes.

1988Myths and Legends of The Bantu - Alice Wernwe. 1933

Problems in African History - Collins.

Texto retirado do site MAKAMBANGOLA

segunda-feira, 8 de julho de 2013

MUAMBA DE GALINHA (Tradicional comida angolana)





















Ingredientes:

1 galinha caseira
 600 grs de dendén
 gindungo q.b.                                   
 sal q.b.
1 dl de azeite                                            
 2 dentes de alho
 2 cebolas médias
 350 grs de abóbora carneira

Confecção:
Depois da galinha arranjada e lavada, corta-se aos bocados e tempera-se com sal, os dentes de alho e o gindungo pisados.
Põe-se a galinha num tacho com cebola picada e o azeite e leva-se ao lume a alourar.
Entretanto coze-se os dendéns, assim que estiverem cozidos escorre-se a água e pisa-se para separar os caroços. Adiciona-se cerca de 1 litro de água morna, aos poucos espreme-se bem e coa-se. Junte esta à galinha e deixe cozer, misturando a abóbora cortada aos cubos.
Por fim junte os quiabos e deixe acabar de cozer.
Sirva a muamba acompanhada com funji.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

MUZONGUÉ (Tradicional comida angolana)



Ingredientes:

• 1 kg de peixe fresco (goraz, pargo)
• 1 dl de óleo-de-palma
• 500g de batata-doce e banana pão e mandioca
• 250g de peixe seco (corvina etc.)
• 2 cebolas
• 2 litros de água + ou -
• 3 tomates
• sal q.b.
• gindungo q.b.

Preparação:

Põe-se a água ao lume com o óleo-de-palma, o tomate sem peles nem sementes e cortado aos bocados, a cebola cortada às rodelas finas e o sal.
Deixa-se ferver um pouco.
De seguida juntam-se a batata-doce depois de descascada, a banana-pão e a mandioca, lavadas e cortadas aos cubos não muito pequenos e o gindungo pisado.
Deixe ferver por mais 10 minutos.
Passado o tempo junta-se o peixe fresco cortado às postas e o peixe seco cortado aos cubos (caso o peixe seco esteja muito salgado convém pôr de molho durante 1 hora + ou -).
Depois de tudo cozido o que leva + ou - 10 minutos coloca-se numa terrina e serve-se.

MUFETE (Tradicional comida angolana)



O mufete é um prato tradicionalmente apreciado pelos angolense. Preparado tradicionalmente aos sábados em várias regiões de Angola, assim como em Luanda onde o mesmo é o prato típico da região. O mufete está presente em todas as comemorações, em aniversários, nos noivados ou mesmo nos casamentos.  O mufete é um prato que representa a festividade, pois transmite alegria a quem o aprecia.  É um prato composto com ingredientes como: o feijão de óleo de palma, o peixe carapau, o galo ou cacusso grelhados, a banana pão, a mandioca, a batata-doce e a farinha musseque, e principalmente  o molho de cebola com vinagre, azeite doce e uma pitada de sal, como acompanhante. 
Ingredientes para fazer o mufete:
Receita para 6 pessoas
1 - Meio quilo de feijão
2 - Seis peixes carapau, galo ou cacusso (pode por mais peixe se quiser)
3 - Uma mandioca grande
4 - Três ou quatro bananas pão
5 - Seis ou sete batata-doces
6 - 2 cebolas grandes
7 - Alho
8 - Uma lata de óleo de palma
9 - 1 chávena de farinha musseque
10 - Vinagre, azeite e sal
Modo de preparar:
1 - Coza o feijão numa panela de pressão por cerca de uma hora e meia.
Depois de estar pronto, ponha numa panela meia lata de óleo de palma, o feijão e sal a gosto, deixando cozer em lume brando até ficar bem apuradinho.
2 - Lave e escame bem o peixe, tempere-o com sal pisado ao alho, limão ou vinagre, deixando o tempero entrar por cerca de 30 minutos. A seguir grelhe num grelhador ou de preferência num fogareiro.
3 - Descasque a mandioca, lave muito bem em água corrente e ponha a cozer.
4 - Lave a banana pão e a batata-doce, cosa-as em panelas separadas vá picando para ver se estão prontas. Elas ficam prontas quando estiverem molinhas.

terça-feira, 18 de junho de 2013

RITOS FÚNEBRES BANTO




PESQUISADO, TRADUZIDO ADAPTADO POR: Jitu Mungongo (Sergio Santos)


A morte continua a ser um mistério. À sua volta existem muitas crenças. "Uma crença não é palpável. É algo imaterial que vive na mente das pessoas". A afirmação é do historiador, e não antropólogo como, às vezes, é referenciado pela Comunicação Social, Américo Kwononoka, que concedeu uma entrevista ao Dossier à volta do tema de hoje: o luto. Para este historiador, e também director do Museu de Antropologia, o luto não é a ostentação da roupa preta. É muito mais do que isso. Para o bantu, o luto é um processo que começa com a morte e é eterno, por ficar no coração e na mente das pessoas. Na crença bantu, acentuou Américo Kwononoka, os dois mundos convivem: o mundo dos viventes e o dos antepassados. Na sua opinião, o mundo dos mortos é o mais poderoso e tem mais força, porque está numa outra dimensão. "Os antepassados gostam de rituais condignos à sua dimensão". Ele, Américo Kwononoka, acredita, fazendo recurso à cultura bantu, que se os antepassados não forem bem venerados podem causar infortúnios às comunidades. Carolina da Silva Ribeiro em seu trabalho diz: “Para muitos, no Ocidente, a morte é entendida como término de um ciclo. Para os povos de origem bantu, a morte não é simplesmente o fim, mas a passagem de um ciclo para outro, a volta ao mundo dos espíritos. Mesmo encarada como trânsito, a morte não deixa de ser uma ruptura e, como tal, gera, quase sempre, dor e saudade produzidas pela partida de um familiar querido. Todavia, esse sofrimento é agravado e multiplicado quando o falecimento é provocado por causas que fogem à concepção de mundo dessas sociedades. Como lidar com a morte sem aviso, a morte abrupta, que priva a família dos rituais de preparação para a volta do morto ao mundo dos espíritos?...A morte, desde as civilizações mais antigas, é um acontecimento social. Junod (JUNOD, 1974: 132-33) informa que, entre os bantu, quando um chefe está para morrer, esse faz vir até ele seus familiares e conhecidos para trocarem com ele as últimas palavras. O moribundo aproveita a ocasião para cobrar suas dívidas e revelar onde estão escondidos seus tesouros. É interessante observar, como explicita Ariès (ARIÈS, 1977: 21), que o costume de se reunirem os familiares e amigos em torno do moribundo também foi comum na sociedade ocidental cristã até o começo do século XIX. O autor vê nesta familiaridade com a morte “uma forma de aceitação da ordem da natureza, aceitação ao mesmo tempo ingênua na vida quotidiana e sábia nas especulações astrológicas” (ARIÈS, 1977: 29). Para este autor, (...) com a morte, o homem se sujeitava a uma das grandes leis da espécie e não cogitava em evitá-la. Simplesmente a aceitava, apenas com a solenidade necessária para marcar a importância das grandes etapas que cada vida devia sempre transpor. Embora essas reflexões tenham sido feitas acerca de costumes do mundo ocidental cristão, pode-se atribuir também aos povos africanos esta familiaridade com a morte, tendo em vista a aceitação da ordem da natureza e o entendimento da morte como continuação da vida. Morrer representa a volta ao mundo dos espíritos, de onde todos vêm antes de nascer. É uma espécie de lei do eterno retorno, como escrevem Jorge Dias e Margot Dias (DIAS e DIAS, 1970: 159 Apud: CAVACAS, 2001:93) a respeito dos macondes, uma das etnias de Moçambique: O grupo familiar maconde não tem os limites da vida física; os seres humanos que o constituem vêm de outro mundo, impreciso e estranho, e após a morte continuam nesse outro mundo do além. Nem o que estava antes, nem o que vem depois, deixa de ser vida, se bem que uma vida um pouco diferente desta em que nos movemos. Na maioria das populações de origem bantu é um ritual muito comum dobrar os braços e pernas da pessoa que está morrendo, para que essa seja enterrada em posição fetal, parecendo estar agachada. Tal atitude tem duas explicações: uma é a de que a morte nada mais é que um novo nascimento, ou seja, o começo de uma nova vida; daí a posição semelhante à de um feto. A outra, mais aceita por Henrique Junod (JUNOD, 1974: 133), consiste na crença de que, ao morrer, o homem continua levando o mesmo tipo de vida que tinha antes, já que o túmulo, como explica esse autor a respeito da etnia dos tonga, “não é mais que uma palhota dentro da terra” e a posição em que os integrantes desse grupo étnico permanecem a maior parte do tempo em suas palhotas é a sentada, de cócoras.A maneira como uma pessoa é enterrada nessas sociedades africanas tradicionais é cercada de rituais e simbolismos. O morto, além de ser sepultado com os membros encolhidos, deve ter sua cabeça virada para o leste, ponto cardeal de onde acreditam terem vindo os antepassados, de forma que o falecido pareça olhar para este ponto. Junod (JUNOD, 1974: 163) vê nesses atos uma série de ritos de passagem, como se pode observar a seguir: A separação da vida terrestre é simbolizada, quanto ao defunto, pelo rito de abertura da parede da palhota, que tem por fim, parece, solenizar a partida oficial da antiga morada. Considero igualmente como rito de separação o costume de esburacar todo o vestuário e todas as esteiras do morto, a fim de deixar “soltarem o último suspiro”. Para efetuar a agregação do defunto ao mundo novo, os coveiros preparam-lhe uma palhota subterrânea, com uma praça pública, depõe-no sentado na sua nova morada (se tal é verdadeira explicação da flexão dos membros) e voltam-lhe os olhos na direcção donde vieram os antepassados. Depois dessas informações, não restam dúvidas de que a morte para as etnias africanas é uma passagem, todavia ela também tem um lado negativo. Junod explicita que para a etnia tonga a morte é um momento de impureza que se alastra por toda a família e pela aldeia. Após a morte de um ente toda a aldeia deve passar por um período de purificação, inclusive os parentes do morto que estão distantes, em locais afastados dali.Ernesto Arosio em “O homem do além” escreve: ...A morte, em todas as culturas, sempre foi e é um mistério, com repercussões diferentes para os sobreviventes. Para as sociedades ditas primitivas, ela é um fenômeno complexo e inexplicável e marca a vida individual dos parentes e da tribo. Nas sociedades tecnologicamente modernas como as nossas, especialmente nas grandes cidades, a morte se reduziu a um "fenômeno simples mas embaraçoso", um fato contra o qual não se pode lutar, mas asséptico; nas grandes cidades não se admitem mais os solenes ritos fúnebres, salvo em poucas ocasiões, como na morte de pessoas que foram importantes na vida social. Também estão desaparecendo as marcas externas da morte como os túmulos luxuosos, sinal mais de poder da família que de homenagem aos mortos.A morte e os vivosA morte não é o fim, mas uma passagem para algo desconhecido, mais ou menos duradouro ou até eterno, embora o conceito de eternidade tenha significado diferente para os vários povos. Em quase todas as culturas, a morte biológica não significa a morte social porque, de uma maneira ou outra, o finado continua a viver não somente na memória dos parentes ou da comunidade, mas a participar da vida deles. Lembramos os manes dos romanos, os ancestrais de muitas culturas africanas, da China e do Japão.A morte, nas suas interpretações e maneiras de celebrar os ritos, tem uma estreita relação com a concepção religiosa dos povos e ainda não se encontrou uma cultura que não desse valor ao ato misterioso da morte e suas conseqüências. Muitas culturas possuem até um livro dos mortos, onde se encontram conceitos, lendas, considerações sobre o espírito dos falecidos, suas peregrinações no além, a maneira de venerar os espíritos desencarnados.Difícil é descrever toda essa variedade de interpretação e de comportamento, mas podemos estabelecer algumas semelhanças e diferenças entre as várias culturas diante da morte.CULTURA BANTOA maioria da informação de Junod é sobre o comportamento ritual das viúvas. Qualquer sentimento delas, lhes exigem lamentar muito e por muito tempo. As ações delas são o centro da grande cerimônia de luto que começa com a iniciação ao estado de viúvas e por esses previamente enviuvada. Nesta iniciação a virilha esquerda da viúva é cortada. O sangue representa o marido e se flui, é considerado que relações livremente matrimoniais tinha sido boas. A viúva é exposta a fumaça de medicina e com a urina dela extingue o fogo. Agora, durante a última vez ela atravessa a cabana do marido dela como uma viúva. Durante os próximos cinco dias as viúvas são tratadas pelo mágico feiticeiro e vivem fora da aldeia. Alguns cronometram, depois há danças selvagens e lascivas quando as viúvas, são "descobertas pela morte do marido", as viúvas não participam dos ritos sexuais ordinários de limpeza, mas tem que seduzir um estranho em relacionamento e romper o ato seminem immissum. Senão o homem morrerá. As associações íntimas da viúva com o marido eram por sexo e ela tem que passar a contaminação de morte ao estranho em relacionamento ritual. Então depois de um medicamento preliminar ela pode começar vida com o homem que a herda.A impureza do rei violador explica que seu funeral às vezes veste as formas que parecem incompatível com a dignidade real. Ao Kwottos, o soberano é enterrado debaixo de um montão de lixo (Wilson-Haffenden, 1927-1928, p. 343) O Kwottos dizem que são enterrado debaixo de um montão de lixo, porque não podiam esperar ser honrado, depois de sua morte, tanto quanto tinha sido ele enquanto vivo. Antes da morte, está o mais elevado, igual ao mais humilde.). Na hora do funeral do Mugaba do Nkoles, os homens que acompanharam o corpo tinham o direito para agarrar e se apossar das bestas de qualquer rebanho: É recuperado aqui uma expressão da" depredação ritual ". As pessoas não podiam trabalhar; as lâminas de todas as armas tinham que ser envolvidas em ervas e fibras; até mesmo um machado para cortar madeira não podia ser usada, a madeira tinha que ser quebrada à mão (Roscoe, 1923 b, pp. 52-53). Ao Leles, para a morte do chefe, o Nyimi, os homens de seu clã dançavam e batiam nos tambores, mas não choravam por ele (o Douglas, 1963 têm, p. 200). O costume para também não chorar em cima de um morto se encontra na hora da morte de crianças anormalmente nascidas ou gêmeas e quando um circunciso apresentavam das continuações de seus danos. Por exemplo, o Bapérés de Congo não lamentavam uma criança morta durante a cerimônia da circuncisão (Moeller, 1936, p. 326; v. como Wagner, 1970, p. 357), morreu então em estado de impureza, porque era portador de uma ferida aberta (da mesma maneira ao Wogeos de Guiné Nova, a pessoa não lamenta a mulher morta no parto. Hogbin, 1970, p. 139). Por estes mesmos africanos, não deve ser tomado o cadáver de um chefe enquanto atravessando a porta da casa: um buraco é perfurado na parede para fazer passagem do corpo. O corpo é depositado em floresta em uma barreira (Moeller, 1936, p. 474). O chefe morto recebe então, ao Bapérés, o mesmo tratamento que a mulher morreu no parto ao Wogeos e ao Dogons (a este último não diz que a mulher morreu, mas que ela está perdida ". Calame-Griaule, 1965, pp. 372-373), ou a mãe de gêmeos ao Ibibioses. É que os chefes e estas mulheres inspiram o mesmo medo como argumento: as mulheres amedrontam por causa das hemorragias delas, da anormalidade dos partos conjuntos delas para a impureza da morte; o chefe amedronta da mesma maneira por causa de suas violações de tabu, sendo assim um perigo com expressões da natureza (chuva em excesso, sol torrencial, tempestades com raios e trovões, fogo nas plantações etc.).O BEMBAEnterroA sepultura: Vários parentes do defunto cavam a sepultura no cemitério (mupolo ou nshishi) que normalmente está bastante longe da aldeia. O local é normalmente escolhido perto dos bancos de um rio ou próximas árvores muito altas. Antes de começar a cavar a sepultura, os sério-cavadores imploram os espíritos que moram no cemitério ser bom a eles e lhes mostrar o favor. Então, eles fazem um oferecimento de uma pouca farinha e algumas fieira de pérolas. Só então eles começam a cavar. Quando o trabalho é completado, todos retornam para a aldeia.Levando o corpo: O cadáver é embrulhado em um tapete de cana que é amarrado a um poste grande (umutembo). O corpo é levado diretamente para o cemitério. Porém quando a pessoa morta for uma pessoa de autoridade, a procissão vai passando (ukumutandasha) ao longo da aldeia. Pessoas dão voltas para levar o corpo suspenso no poste, de dois em dois. Normalmente a viagem para o cemitério é longa. Cada tempo o cortejo pára para mudar os portadores e uma pouca farinha é espalhada. O cortejo é feito para cima do cadáver com portadores na frente seguida pela família, amigos e aldeões.O próprio enterro: Os restos mortais são enterrados por dois ou três parentes próximos e fazendo assim, é tomado muito cuidado. A cabeça do defunto tem que enfrentar o leste (do leste nossos antepassados tiveram a origem deles/delas). Todo o mundo que está presente dá um presente ao defunto na forma de uma conta, uma pouca farinha ou um 'concha ornamental' (mpande). Cada pessoa lança uma pequena terra na sepultura. A face do defunto é virada ao sul. Um buraco é feito no pano que cobre a cabeça de forma que a pessoa pode ouvir as orações e súplicas oferecidas no lado dele. Às vezes acontece que uma vara longa é fixa na orelha de tal um modo que uma comunicação da orelha para o exterior da sepultura é feito (ie devem o defunto vindo novamente a vida). Antes do ato final de preencher a sepultura completamente, encantamentos são feitos para como certo o culpado que provocou a morte. O 'kapolo' (o padre dos espíritos) agora diz: "Icikulile de Tulefwaya." Icikulile (ciwa) nga cafuma kuli bawiso na banoko, nama de ba de balume. Nakana nga cafuma ku mwanakashi, "nama (nós queremos saber que 'comeu' você (ciwa = espírito ruim) de ba de bakota. Se vier de seu pai e sua mãe, nós matamos um animal masculino, mas se a injustiça estava comprometida no lado da esposa, nós matamos um animal feminino). Ou eles podem dizer: "Nga ni ku muloshi umwaume kampanda e kwatulile mfwa, balume ba nama ne kota limusine; nga imfwa yatulile ku muloshi mwanakashi kampanda, bakota ba nama ne ilume po imo" etc (se a morte vem de uma bruxa masculina (o feiticeiro) nós matamos um único animal masculino; mas se a causa de morte vier da ação de um feiticeiro feminino, então nós também matamos um animal feminino e um macho). Mais tarde, a caça ritual revelará a causa da morte: um espírito ruim (ciwa) ou um feiticeiro (muloshi).Purificações (ukusangulula): Quando a sepultura estiver cheia, os cavadores sérios põem um pequeno formigueiro à cabeça do montículo (uluputa). Todo o mundo parte para voltar para casa para a aldeia. Purificação do cortejo: De modo quando o cortejo alcançar uma estradaem cruz (Encruzilhada), tem que se purificar. O 'o adivinhador', um 'munungwe' (ie um do clã oposto) está lá com uma preparação pelos purificar consistindo em raízes do 'mubwilili' que foram moídos e fervido em um caco de louça (utwinga = panelas quebradas). Ele borrifa em cada um que passa por ele. Esses que tocaram o cadáver de fato devem cada objeto pegar alguma desta medicina e esfregam isto nos olhos, pernas e braços (ukufikina, kupotola = esfregar com as mãos). E deste modo eles são imunizados do corpo que incha para cima (fimba de kukana = não inchar para cima).Purificação da casa da pessoa morta. Durante os serviços de enterro, dois parentes, da pessoa morta, são designadas, um homem e uma mulher para cumprir o trabalho de purificação. Eles são chamados 'abanungwe' e pertence ao clã oposto. Eles não devem ter tido nenhum procedimento com o ie de cadáver e ser protegido de toda a contaminação pela pessoa morta. Com madeira de 'musamba-mfwa' suba em árvore o homem acende um fogo novo fora da cabana enquanto a mulher varre a cabana, quebra alguns utensílios pessoais do defunto e cobre o chão com barro (ukushingula = cobrir). A cama é instalada imediatamente depois e o fogo novo também é trazido na cabana.Purificação da aldeia: Era considerado que a aldeia era suja no começo matutino. Todos os fogos foram apagados e as ruínas se espalharam ao leste. Assim, a aldeia deve ser purificada agora. Todos os membros do cortejo funerário, no retorno deles para a aldeia, do cemitério, tem que passar em frente à cabana do defunto, a porta de qual foi aberta do lado esquerdo (ukucenama), cada um olha para dentro (ukulengela), leva um pouco do fogo novo e leva ele para a sua cabana.Purificação da família: Membros da família e especialmente os cavadores sérios têm que sofrer uma purificação especial. Um pequeno fogo, levado do fogo novo, feito pelo 'umunungwe' é trazido na cabana. Então dois cacos de louça (utuinga) estão cheios com água e medicinas seja posto neles (raízes do 'cisaye', 'mukuwe' e 'kalunguti' e dois amendoins). Um dos cacos de louça é chamado o 'icilume' e simboliza a pessoa morta e o outro é o 'icikota' simbolizando o sustento. São postos ambos no fogo. Quando a água é fervida o caco de louça 'icilume' é retirada do (ukuipula) fogo na presença de todas as pessoas e é lançado na mata para honrar o defunto. O caco de louça 'icikota' também é levado do fogo antes da assembléia inteira e despejada ao pé da cama (ntambalilo) para purifica-la. A purificação pela fricção da lança, machado, enxada, arco e lugar de objetos pegados de setas (ukusansamata). Todas estas ferramentas tinham sido colocadas perto da porta.Ainda as cerimônias de enterro em desenvolvimento, são mantidas as crianças do defunto separadamente. Eles estão isolados para cima em uma cabana (balebesalila = eles estão fechados para cima). "Bemona, umuntu de bafumya de uko, bekata ku nongo sha mfwa (que eles não podem ver como o defunto é levado embora, e que eles não podem tocar a panela de morte)." Depois da cerimônia de purificação eles são liberados para voltar para casa. Purificação de comida: Os cavadores sérios matam uma galinha golpeando-a contra um 'poste da casa' (ukukupawila pai cilu ca nganda) assim o sangue espirra por toda parte (umulopa wasabaukila pai cilu), assim o interior da cabana é borrifado com este sangue. A galinha sacrificatória é chamada 'iccipupalo.' A refeição funerário segue agora. A galinha está cozida em uma panela especial chamada 'mfwa de ya de nongo' (a panela de morte) que é posta em um caco de louça pequeno chamado 'kainga' cozinhar. O 'ubwali' (mingau) está da mesma maneira cozido. Quando a comida estiver cozida, as pessoas ajuntadas levam as louças do fogo e começam a comer.Depois de alguns dias, é ameaçada cerveja (shinda de bwe de ubwalwa; cishiminishi de bwa = cerveja ofereceu aos que ajudaram no enterro) e é oferecido aos zeladores (abakonkele mu ishinda lya muntu ufwile = esses que foram para o enterro).A caça ritual (ukusowe-banda, ukufunye-banda = caçar com redes a uma caça ritual). Alguns dias depois que as cerimônias de purificação são completadas os parentes do defunto organizam uma caça ritual para que eles venham saber o que causou a morte do parente deles. Como nós vimos acima nos encantamentos (kutemba de ntembo de kuume) o antílope de sexo ou antílopes pegos nas redes determinará o sexo da pessoa culpada. No começo matutino as pessoas se juntam no lugar onde as redes são mantidas. O padre da caça (kapala, kapepa) dá para pequenos meninos três mudas de plantas pequenas. Estas tiveram os topos deles divididos, nas fieira de pérolas fendidas e farinha sido inserido. Isto é o 'lupao' (o oferecimento para os espíritos). Uma destas mudas está presa no chão ao pé de uma árvore grande perto da saída da aldeia. Outra é posto onde as redes são mantidas, e a terceira é posto no meio do 'icelu' (chão caçando). Ao fixar estas mudas no chão, os pequenos meninos pronunciam as palavras: "Mwe mipashi ya kuno, mutwafweko (espírito deste lugar nos ajude)." As redes são santificadas quando pegada dos apoios deles. O 'kapepa', padre da caça, os golpeia com a manivela do machado dele e com uma muda de uma destas árvores, o 'kasengele-lubuta' ou o 'musangati.' Isto é o 'musapu' abençoando. Então ele cospe nas redes (ukupala-companheiro = abençoe) e diz: "Ifintu fiise bwangu bwangu ku masumbu, ifya kulya bantu filambalale panshi (os antílopes possam ser pegos depressa em nossas redes e podem manter as bestas selvagens fora)." Agora todos os caçadores bateram as redes e o chão enquanto dizendo: "Cilungile ca kwa kampinda na Mukonda" (as divindades da caça nos favorecem; literalmente: esta é a caça dos espíritos da floresta). Os chifres de bruxa (pandilwamo de sha de nsengo) e remédios mágicos (mumpulumpumpi de muti) são fixos está fora agora esticado e a caça começa.O primeiro antílope em ser morto é considerado a resposta dos espíritos para a oração deles. O 'kapalo' (padre) lança farinha declarando na cabeça da besta: "Nomba twaishiba uko mfwa yatulile (agora nós sabemos de onde a morte veio)." A besta está cortada para cima. O 'kapalo' leva uma perna para ele. O resto do animal é dividido entre os outros caçadores. A cabeça só é mantido como é trazido para a aldeia e é determinado como comida para a família da pessoa morta (e kulye nama você banda = esta é a carne da caça).A cerveja do defunto (lupupo de bwa de ubwalwa, lupupo de ukupupa - cerimônia para honrar o 'novo' espírito do recentemente a pessoa falecida).Asperamente um mês depois que a morte a família da pessoa falecida prepara a cerveja chamada 'ulupupo.' Cada um dá um pouco de milhete (amale) que é posto no rio para germinar. Quando o milhete germina (imimena = germinou grão)é seco e esmagado por um 'umunungwe' (pessoa do clã oposto). No próprio momento o 'umusunga de ukushimpula', o grão fermentado está cozido em cima do fogo. Toda a dobra familiar junto na cabana e os homens afluem as voltas de tomada de água (ukutubila) quentes com as mulheres.Uma calabaça especial de cerveja chamada 'umufungo' está preparado para a pessoa falecida (anwemo de ufwile = que a pessoa morta pode beber). Uma criança ou sobrinho do defunto vertem esta cerveja no pequeno formigueiro em cima da sepultura ou melhor ainda, ele esvazia a cerveja no buraco que comunica com a orelha do defunto. Mas se o cemitério for longe, a cerveja é lançada na mata e os defuntos virão beber isto lá. Isto corretamente que fala é o 'ulupupo.' Depois deste oferecimento de cerveja para o defunto as pessoas começam a beber o que eles chamam 'ntengwe' ou 'cinshinshi-cinshi.' Junto com o beber há 'ulupupo' canções. Esta 'ulupupo' cerimônia está aberta a todos. Recusar fazer parte seriam interpretados como difamando o morto e causaria a raiva das pessoas. Com o 'umusunga' (grão fermentado) que terminou esquerdo, o 'umunungwe' (membro do clã oposto) prepara mais cerveja que é chamada 'mabula de cansula.' Viúva ou viúvo (mwilwa de muka)Nenhuma viúva ou viúvo tem qualquer parte nas cerimônias funerárias porque em casos eles são considerados a causa da morte do membro deles em matrimônio. Às vezes o viúvo é preso e açoitado, todos os pertences da esposa dele como ornamentos, roupas, enxadas etc é levado pelos parentes dos defuntos. Feliz realmente é o homem que, como resultado dos encantamentos não é acusado de feitiçaria ou de ser possuido por um espírito ruim, para então as represálias seria realmente terrível. O lote da viúva não é melhor. Ela é batida, e ridicularizada. Todos os bens de seu marido como caixas de grão com comida vão para os pais do defunto. Ela é reduzida a implorar (ukupula) até que o destino dela ser conhecido revelando o grau da culpabilidade dela para a morte do marido. Mas, o que é pior, 'muka-mfwilwa' (viúva) é colocado debaixo de uma interdição. 'Ela é assombrada pela morte no corpo dela' (aba ne mfwa mu nda). Como ela é assombrada pela morte do marido, ela não pode re-casar. Se casar novamente enquanto debaixo de interdição resultaria na morte do cônjuge novo. Assim as pessoas dizem de tal uma pessoa: "E cilwa buko iciisa ulubansa nga lwabuta (este é combater o parente que cames em uma multidão)." Isto também aplica ao viúvo. Ambos têm que afugentar morte. Afugentar a morte (mfwa de ukutamfya).O viúvo: para afugentar a morte da esposa dele que o assombra, o marido tem que buscar ter relações de matrimônio clandestinas durante dois dias com uma irmã ou sobrinha da esposa morta. A cerimônia difere de acordo com o estado da mulher que concorda em dormir com ele, se ela está casada ou não.Se a mulher escolhida é solteira: A cerimônia dura dois dias e acontece na aldeia. Depois que o viúvo fizer o ato de matrimônio na primeira vez com a mulher jovem, ela põe dois 'utuinga' (pequenas panelas) no fogo. Eles estão cheios com água e remédios (raízes do mubwilili). Um do 'utuinga' é chamado 'kalubi' (fetiche) e o outro 'icikota' (a mulher grande). A água do 'kalubi' é lançado na estrada ao longo da qual o cortejo fúnebre passou. (Aitila amenshi mwi'shinda lya mucishi = ela lança a água na rota para a sepultura.) No segundo dia o viúvo e a mulher jovem coloca junto o 'akapalwilo' (panela de matrimônio) no fogo, e junto remove isto do fogo quando a água estiver quente para se lavar. Este é o laço definido de matrimônio. "Um mupa, e myupile mu kupyana, e mipyanine amupa nenhum kumupa" (ele se casou com ela. Este é o modo de se casar no ritual para remover morte).Às vezes acontece que o viúvo não acha um parente da esposa morta , com quem ele pode se livrar da 'morte.' Assim, ele atrai qualquer viúva para o ajudar. Se os parentes dela concordarem, ela é dada a ele em matrimônio. (Cishishi de Bamupa = ele se casa este próximo de família para jogar fora o espírito e morte). Com ela, ele passa em primeiro lugar pela cerimônia de 'mfwa de ukutamfye.' Eles dizem então: "E wamupokela mfwa (ela levou morte para longe dele)": "E wamutamfishe mwa", "E (ela clareou morte longe dele) wamupoka umupashi (ela o liberou do espírito do defunto)." Isto a mulher escolhida está casada (waupwa de umwanakashi) o problema é mais difícil, para como ela está casada que ela incorrerá as conseqüências do adultério naturalmente (amasho - um feitiço que cai em qualquer um que não pode executar as purificações rituais; e 'ncila' - morte causada pela deslealdade dela). Esta cerimônia é determinada com o nome de 'mfa de ukwiba, amafwa de ukwiba' (roubar a morte). Esta mulher casada tem que tirar proveito da ausência do marido dela para ter relações extramatrimoniais. Normalmente o encontro de primeiro dia acontece na mata. (Kwongoloka mu mpanga = se escapulir despercebido na mata). Eles fazem como no caso da mulher solteira, eles depositam os dois 'utuinga' (panelas) no fogo, mas há uma diferença. Quando a mulher se lava com o molho lustral (icikota) o homem a toca (greves) por detrás no ombro com um pedaço de madeira do forno. A mulher lhe dá uma medicina que ele tem que esfregar nele (ukufikina). No segundo dia eles têm o ato de matrimônio na casa da viúva na aldeia. Como no caso prévio o 'akapalwilo' (panela de matrimônio) seja posto no fogo, mas o viúvo não deve olhar para isto. Ele vai para fora e segura um dos postes da casa. E deste modo ele mantém contato com a cerimônia que é executada dentro da casa. À conclusão desta cerimônia o homem é livre dos efeitos da morte e pode se casar novamente sem qualquer medo. A mulher vai para casa, mas durante um dia todo ela não deve olhar para o marido (cilolela) dela, nem deve ela aproximação ou tocar o fogo (tutema) nem tocar comida (tepika) Além disso ela tem que pôr uma medicina especial nela 'kapalwilo' (panela de matrimônio) para evitar qualquer efeito mau do adultério dela.A viúva (mukamfwilwa, mulume de uwafwilwo = de quem marido morreu): Em primeiro lugar há a cerimônia ou 'amenshi de ukunwa' (beber água) que consiste dando os arcos e setas que pertencem ao marido morto a um sobrinho ou sobrinho principal que são destinados para substituir o tio dele levando o nome dele e executando as funções (e kutola amata, e kufumye mifitalila ya mubiye = este que leva setas, este é herdeiro das setas, tomar as coisas ruins da pessoa é o vizinho) dele. Outro modo de pôr isto é: "E kubule mishingo (amata) ya munankwe (este é herdeiro dos bens e esposa do homem morto)."Adquirir liberdade da morte da viúva é uma cerimônia chamada 'ukupyana', dura durante dois dias. Isto 'mukamfwilwa de ukupyana' tem a mesma pontaria como para o viúvo: libertar dos tabus causados pela morte, tendo relações sexuais com o próximo além disso de família da pessoa morta, a viúva é herdada. Em tribos vizinhas conduziu a poligamia, mas não necessariamente entre o Bemba (* * a mulher é freqüentemente livre recasar como gosta ela). Sempre há vários pretendentes que se oferecerão para livrar a viúva da morte que a tem em seu aperto. Se o pretendente designado pela família é solteiro a cerimônia a será executada igual ao do viúvo com uma mulher solteira. Menos a cerimônia termina com um verdadeiro matrimônio (kupyanina de mu de amupa = ele a se casa executando os ritos de kupyana). Quando o pretendente designado pela família é um homem casado as cerimônias seguidas são esses de um viúvo e uma mulher casada. Mas há algumas diferenças. A cerimônia é feita em público e não em segredo, e é seguido na cabana da viúva. O homem casado com o consentimento da esposa dele põe uma das pulseiras dela e a cinta (amasho de ninkamusha = eu não sofrerei o feitiço que é o resultado de não executar as lavagens rituais) dela. Quando eles estão tendo relações sexuais todas as porta são abertas (yacenama de nganda). Estas relações sexuais acontecem durante o dia. Tudo aquilo segue é igual a mencionado acima, primeiro dia: os dois 'utuinga' (pequenas panelas) seja posto no fogo, ie o 'akalubi' e o 'icikota.' Medicinas são postas dentro. A água lustral é vertida na estrada para o cemitério, contate com a mulher pelos ombros. No segundo dia, depois de relações sexuais, o 'akapalwilo' seja posto no fogo: o homem vai para fora da casa, mas mantém contato por segurar um poste da casa. São levadas medicinas.O homem casado agora volta para a própria esposa dele e devolve a pulseira dela e cinta. Ele dá presentes apropriados então a ela. Na primeira noite depois que ele executar o ato de matrimônio com a esposa dele, eles podem não ter lavagens matrimoniais (akapalwilo de kuteka de ie). A água simplesmente é despejada. E durante o curso do dia inteiro não pode tocar o fogo. Só no próximo dia que o marido e esposa executam as lavagens rituais junto com o 'akanweno' (a panela de matrimônio).A viúva que foi livrada da morte (mfwa de bamulile) em muitos casos continua vivendo com o homem que se entregou, o libertador dela. Mas eles podem executar só o ato de matrimônio durante o dia com a porta que permanece aberto para isto é considerada que é um 'concubinato público' ou uma poligamia tolerada.O BANYANKOLEO Banyankole não acreditavam que morte era um fenômeno natural. De acordo com eles, a morte era atribuída a feitiçaria, infortúnio e o despeito dos vizinhos. Eles tinham uma declaração: Tihariho mufu atarogyirwe. Significando; não há nenhum corpo que morre sem estar encantado." Eles acharam difícil de acreditar que um homem pudesse morrer se não estivesse devido a feitiçaria e malevolência de outras pessoas. Adequadamente, depois de toda morte, as pessoas afetadas consultariam um médico feiticeiro para descobrir quem era responsável para causar a morte.Um corpo morto normalmente ficaria na casa para contanto que levasse todos os parentes importantes para juntar. Entre o Bairu, a pessoa seria enterrada na plantação. Entre o Bahima ele seria enterrado na aldeia cercada. O enterro era normalmente terminado pela tarde e os corpos eram enterrados revestidos ao leste. Depois de enterro, a mulher era concedida três dias de lamentar enquanto ao homem era concedido quatro dias. Durante os dias de lamentar, todos os vizinhos e os parentes do defunto permaneceriam acampando e dormindo na casa do defunto. Durante este período, não cavaria o bairro inteiro ou faria trabalho manual porque se acreditava que se qualquer um cavasse, ou fizesse trabalho manual durante os dias de luto, ele causaria a aldeia inteira a ser saqueada através de tempestades de granizo. Tal uma pessoa também poderia ser considerada como um feiticeiro e poderia ser suspeita facilmente de ter causado a morte da pessoa que há pouco tinha sido enterrada. Porém, a abstinência dos vizinhos de cavar e fazer trabalho manual era significada como consolar os parentes.Se o homem morto fosse a cabeça da casa a conta de chefia dele seria rebentada e seria comida para terminar os dias de lamentar. Seriam administradas cerimônias rituais adicionais se o homem morto era muito velho e teve filhos. Se uma pessoa morresse com um rancor contra alguém na família, ele era enterrado com alguns objetos para manter o espírito ocupado de forma que ele não teria tempo para assombrar esses com quem os defuntos tiveram um rancor.Havia enterros especiais para solteironas e os que se suicidavam. O enterro de uma pessoa que se suicidava era muito complicado. O corpo seria cortado (da corda) de uma árvore por uma mulher que tinha atingido menopausa. Tal essa mulher era fortalecida pesadamente com fetiches e amuletos. Realmente se acreditava que quem executava o papel de cortar a corda usado pelo suicídio morreria logo também.Reza a tradição que não podia se tocar os corpos de vítimas de suicídio. Uma sepultura era cavada diretamente debaixo do cadáver de forma que ao cortar a corda, o cadáver entraria direto na sepultura. A sepultura estava então coberta com folhagens medicinais e isso era tudo. Lá nem estaria lamentando nem os ritos funerário normais. A árvore na qual a vítima se abraçou seria desarraigada e seria queimada. Os parentes da vítima de suicídio não usariam qualquer pedaço daquela árvore para lenha.Também havia formalidades particulares pelo enterro de uma solteirona. Se tal uma menina morresse, era temido que o espírito dela voltasse assombrar o sustento simplesmente porque ele a menina tinha morrido insatisfeita. Em ordem aplacar o espírito e evitar suas retribuições más, antes de o corpo ser levado para enterro, a um dos irmãos da menina morta era exigido fingir fazer amor com o cadáver. Este ato era conhecido como ahamutwe de empango de okugyeza. Então o corpo passava pela porta traseira e era enterrado. É dito que se um homem morresse solteiro, ele seria enterrado com um talo de banana para ocupar a posição da suposta esposa. acreditava-se que isto propiciava o espírito do homem morto e suas retribuições más no sustento. O corpo também era passado pela porta traseira.O THONGAComeçar com a pessoa, nota em todas as tribos bantas do sudeste, que todos os parentes devem ser informados da morte e se possível pagamento aos cumprimentos para o morto. Esses estão que estavam longe eram informados por magia. Por exemplo, o Thonga assoam medicinas na direção da pessoa ausente; e eles ouviam falar da morte de um parente em casa, e que um zulo raspavam as cabeças e sofriam medicamentos de fortalecimento. A essência do funeral é que reúne toda a família. É notório que há uma tendência para famílias se dividirem na morte de patriarcas. Aos funerais deles é mostrado um desabafo cerimonial de queixas por todos os parentes. Os ritos eles dão ênfase a unidade familiar, em grande parte em sacrifícios que afirmam o laço dos sobreviventes, o morto e os antepassados comuns deles, e em qual o novo lider da família oficia primeiro como padre. O Thonga rezam para que eles possam viver em paz; talvez eles desejam que os irmãos sobreviventes possam não disputar. A morte do líder transtorna a vida coletiva do domicílio abaixo o qual está quebrado e abandonado. O Thonga pensam que esta vida coletiva é representada através de relações sexuais matrimoniais e estes estão suspensos durante um tempo, quando retomou em relacionamento ritual. O propósito disto é declarado para ser limpar a herança" que é principalmente sucessão ao chefe do domicílio.Por todos os ritos corridos a expressão de unidade de grupo. Um funeral é por excelência a cerimônia que todos os parentes têm que assistir, para que eles não sejam suspeitos de causar a morte através de feitiçaria. Também é a única cerimônia quando, se os indivíduos estiverem inevitavelmente ausentes, eles são trazidos através de procuração nos ritos. Os pertences deles são purificados para quando eles voltassem para casa que eles tinham que comer primeiro ritualmente da comida antes de eles pudessem entrar no domicílio. Quando os caçadores de Thonga voltam às casas deles depois de uma viagem longa e que alguém havia morrido, eram purificadas eles e as armas deles. Nos ritos de submissão para as disputas de antepassados deve ser resolvido. Nesta ocasião o grupo reage com freqüencia violentamente contra a causa suspeitada de morte (talvez um feiticeiro); em algumas tribos bantas os homens brandem as armas deles contra os espíritos.O CUNHAMAOs Cuanhamas sepultam os defuntos nos próprios eumbos. Dentro destes o local da sepultura e os ritos a efectuar dependem da idade, sexo e posição social do falecido. Normalmente o dono da casa tem o seu túmulo no curral dos bois ou no lugar do fogo, no grande pátio interior.Antes de os membros se tornarem rígidos, os joelhos são encolhidos e dobrados diante do peito e, sobre este, os braços cruzados. Antes de ser enterrado o cadáver é enrolado numa pele de boi que se mata logo após a morte, e entre o tronco e o braço direito e colocado um pilão, com que as mulheres esmagavam os cereais, cuja ponta fica fora da terra.Deste maneira, o local e o modo de enterrar simboliza muito bem as estratificações de cultura deste povo: o túmulo individual, herança dos antepassados caçadores; o curral e a pele dos bois, vestígios evidentes da sua vida de pastores; e o pilão, herança dos antepassados agricultores.O enterro do soba (ohamba) revestia-se de grandes solenidades. duas jovens escravas acompanhavam, vivas, o seu amo para a cova.O choro por um adulto dura quatro dias, por um jovem dois e por uma criança apenas um. Durante este tempo pranteia-se o morto de manhã, ao pôr do sol e quando chegam parentes de longe.O choro pelo soba reinante durava semanas e obrigava toda a população tribal, a quem a ocorrência impunha também descanso obrigatório durante um mês ou mais. As campas dos sobas eram cercadas com paus fortes e altos e constituíam o único monumento funerário destas terras.Os sinais exteriores de luto são quase imperceptíveis. Apenas as mulheres se despem dos seus adornos. Passado algum tempo, voltam a usar a cinta ornamentada com missangas, mas de cor escura. algumas das que abandonaram os trajes tradicionais usam, por vezes, um colar de missangas escuras.


O MITO JINGONGO



Tradução livre e adaptada por Tata Jitu Mungongo



Jingongo são os gêmeos para os bantos e de um grupo etnico para outro, os sentimentos alcançam extremos, alguns juram adoração sem limites, calculando que elas são o fruto de uma benção, outros os rejeitarão, enquanto temendo seus poderes destrutivos.

A África nos oferece muitos exemplos da situação e o tratamento dos gêmeos. Um etnógrafo escreveu que o gesto para elevar dois dedos da mão direita na forma de V, feito ao endereço de uma mulher, era uma maldição silenciosa, porque era equivalente a desejo que gerava alguns gêmeos. Este destino era redobrado ao ponto que a mulher era tão amaldiçoada que perdia a razão às vezes. As crianças eram mortas ao nascimento e os corpos postos em recipientes em terra, e era enterrada longe na floresta. Se a mãe não fosse morta com eles, ela era exilada na floresta onde ela só teria que morrer de fome ou se suicidar. (de Cardi, 1899, p. 57).

As mães de gêmeos permaneciam sujas para o resto da vida delas. O que evitava risco de morte, para o marido e para as pessoas do grupo deles. Para o melhor dos casos eles achavam asilo em lugares de abrigo nas matas, chamada " cidades dos gêmeos" (Leonardo, 1906, p. 460).
Em sua pesquisa sobre os gêmeos em Camarões, Jeffreys escreveu que o Ambeles, deduziam que a sobrevivência das duas crianças causaria a morte do pai. Então o segundo do recém-nascido era sufocado com um punhado de barro e era enterrado ao longe na floresta. Ao Witchus, são salvas as crianças e a mãe é limitada a casa durante três anos. Ela só poderia sair a noite, enquanto segurando o olhar fixo no chão e em particular lhe era proibido olhar para a lua. A desobediência para estas regras requereria calamidades sérias; a ordem das estações seria transtornada e chuva cairiam durante todo o ano (Jeffreys, 1947, p. 191).
Ao Banyamwezis do Tanganyka, um gêmeo ao parto é anunciado por gritos que sinalizam que o trabalho dos campos tem que parar. Alguns rituais solenes acontecerão durante vários dias, enquanto pondo a região inteira em agitação; se eles fossem desconsiderados, as mentes dos gêmeos, talentoso de um poder extraordinário, provocaria tempestades e outras bagunças que saqueariam o território. Quanto aos gêmeos a palavra" morrer" éra proibido e era substituído por outro termo; se eles viessem a morrer que não se chorasse por eles; a pessoa os enterra a noite em uma poça de lama, para as bordas do país (Bosch, 1930, pp. 465-466).
Ao Nyakyusas quando um nascimento em dobro acontecer, o grupo doméstico inteiro está limpo com uma medicina especial para evitar a inchação das pernas e os braços e outras doenças. Os vizinhos, que acontece de comer com os pais dos gêmeos, também eram considerados em perigo e eram limpos da mesma maneira (Wilson, 1951, p. 73).
A tribo para com seus rebanhos, juntavam e submetiam o grupo dos pais a um ataque ritual, enquanto lhes lançando pazada de lama e esterco e pedaços de madeira, enquanto as mulheres elevaram" um lamento espantoso ". Então os ajudantes avançaram um depois que o outro e ofereciam uma concessão, os homens pelo pai e as mulheres pela mãe. Estes os esfregaram o lado esquerdo da testa, o braço esquerdo e o tórax de um pó preparado na cabana da aposentadoria, com uma raiz avermelhada, era necessário que um boi fosse sacrificado (Dannert, 1880, pp. 104, 112). Ao Thongas, o nascimento dos gêmeos era para a mãe uma grande poluição. Lhe mandavam para fora da cabana que era queimado com tudo que o continha dela e a colocavam completamente isolada em um abrigo atrás da aldeia. Para se livrar das impurezas, ela tinha que ter relações sexuais com quatro homens e só estava completamente purificada depois de ter um amante (Junod, 1936, II, pp. 389-390). O Lubas também têm a convicção que os gêmeos se arriscam para se encantar mutuamente, e o mágico dá a estas " crianças de infortúnio" um talismã composto de um pedaço de peixe elétrico ou algum outro animal considerado de má sorte destinado para os proteger contra este perigo (Theeuws, 1960, p. 133, 134, 135 sq.) .
Algumas aldeias parecem tenras para proteger as visitas tanto dos gêmeos e os pais deles. Para Camarões, ao Ndops, só as mulheres que teve filhos gêmeos têm o direito para render livremente por esses que há pouco nasceram: os outros têm que observar algumas regras. não lavar, não olhar para as mulheres que têm as menstruações deles, nem passar diante das casas deles, para evitar doenças (Jeffreys, 1947, p. 192).
Ao Lubas de Congo", quando os gêmeos cresceram suficientemente, eles decidem que a mãe deles tem que ir viajar . Ela não deve cultivar a terra, escreve Burton, põe as pessoas em raiva; não obstante, eles esperam ver essas mães roubar suas comidas necessário para alimentação dos gêmeos. Se a mãe não viajar, os gêmeos ameaçam se suicidar ou lutar entre eles até que a morte segue para um deles ou para todos os dois" (1961, p. 33).
Ao Bambalangs de Camarões, o pai de gêmeos recebe as duas penas vermelhas que normalmente são levadas por um homem que tenha matado um inimigo à briga, ou pelo caçador para tendo reduzido um leopardo (Jeffreys, 1947, p. 192).
É suposto que eles prevêem as invasões hostis e tem o poder de parar a doença de chegar para a aldeia ao Ntems de Camarões, (Jeffreys, 1947, p. 193). Ao Leles do Kasaï, prova o fato para ser o pai de gêmeos, a pessoa diz, a vocação de adivinhador de uma maneira mais decisiva que um sonho ou que foi escolhido pelas mentes. Rituais relativo a caça e fertilidade estão limpos aos adivinhadores gêmeos. A mãe adquire a clarividência: ter gerado alguns gêmeos é a única circunstância que permite as mulheres Lele para alcançar as funções rituais (Douglas, 1959, p. 389; cf. 1963 têm, p. 212). O Ngombes de Congo também lhes nomeiam a clarividência , como também o poder para curar um pouco de doenças de pele somente enquanto passando a mão na parte alcançada (Wolfe, 1961, p. 81).
Os gêmeos são postos freqüentemente em relação com chuva (Junod, 1936, II, p. 394). É suposto que o nascimento (como falhas ou o funeral em um lugar não úmido de crianças mortas antes de ser purificado) causa a seca e provoca ventos ardentes (p. 272). Como o Thongas e Barongas o ritual de chuva que consiste revelando o cadáver de um gêmeo se ele foi enterrado na areia. É a mãe que leva a cabeça da procissão das mulheres ativas para realizar esta tarefa. Às vezes as pessoas ficam contentes com molhar a tumba de um gêmeo (p. 274).
O Ngombes temeria uma chuva que não terminaria de cair mais, se os rituais prescritos para a hora da morte de um gêmeo fossem desconsiderados. (Wolfe, 1961, p. 82).
Outros exemplos revelam a relação que presume existir entre a magia de pavor aos gêmeos e a fertilidade dos campos. Ao Basongas, antes de administrar as épocas de plantio, a pessoa pede aos gêmeos abençoar sementes e a mãe deles tem que semear antes de todos os outros (Roscoe, 1915, p. 235). Ao Thongas, um gêmeo é designado para dirigir a procissão das mulheres ativas para libertar as plantas dos bichos prejudiciais (Junod, 1936, II, p. 394).
Estes dois exemplos ilustram duas várias formas de pensamento mágico. Tudo que é a razão para qual pede à mãe de gêmeos semear antes o outro e para suas crianças abençoar sementes, a idéia que aquele que quer ver a terra florescer que siga o exemplo desta mulher e leve frutas em dobro como ela fez, seria então lá um caso de magia imitativa.
O nascimento de gêmeos entre os Humbes, é sempre sinal de mau presságio, que só pode ser combatido por meio de uma série de rituais de contra efeito.
Mal nascem os gêmeos, é chamado um Kimbanda para fazer a OKUTUNTHA, que consiste na lavagem da testa, nuca, cotovelos, joelhos e planta dos pés de toda a família.
Em seguida constrói-se fora da sanzala uma cubata para onde mãe e filhos são levados, e onde ficarão de quarentena por um largo período, determinado pelo feiticeiro; durante esse tempo, a mãe tem o encargo de, além de cuidar dos filhos, tecer dois pequenos cestos, que mais tarde lhes servirão de pratos.
No dia em que o feiticeiro der por findo o prazo de isolamento, vai logo de manhã avisar a mãe, e quando o sol estiver na vertical, o feiticeiro leva toda a família, pai, mãe e outros filhos além dos gêmeos, para uma clareira no meio do mato, onde o pai haja erguido um estrado. Lá chegados, o pai, a mãe e os gêmeos, sentam-se nus no estrado, para que possam ser lavados com um preparado especial. A lavagem segue uma determinada ordem: Primeiro a mãe, depois o gêmeo que primeiro tenha nascido, depois o pai, e por último o gêmeo que nasceu em segundo lugar.
Só depois deste ritual é que as placentas podem ser enterradas, e a vida tomar um curso normal para a família.
É de notar que, apesar de toda a necessidade de purificação que causa o nascimento de gêmeos, se forem trigêmeos não acontece nada, absolutamente nada, procede-se como se houvesse nascido um só bêbê(Somente entre os Humbe).
Já o nascimento de gêmeos, como foi dito atrás, é encarado com apreensão por toda a família Ambó, e, portanto também pelos Kwanyamas.
Acreditam que o homem, com uma ejaculação só tem capacidade para gerar um filho; e se vem mais de um, é entendido como intervenção dos espíritos que se alojam no útero da mulher em período menstrual e se manifestam em seu período fértil (Ler tópico UAFU ZÁ KUIZA) capaz de trazer má sorte à família e à tribo.
Diferentemente dos Nhaneka Humbe, que só têm preconceitos quanto a dois filhos numa mesma gestação, os Ambos têm-no em relação a mais de um filho por gestação.
Para neutralizar esse mal, tem que se proceder a um ritual de purificação dos recém nascidos e da mãe, cerimônia presidida por um Ondudo -- curandeiro adivinho -- que asperge a todos e ao lugar, inclusive aos visitantes, com um banho de ervas, durante a primeira Lua. Combatidos os efeitos negativos, tudo o mais decorre normalmente.
Outra tribo que procedia com verdadeiro barbarismo ao nascimento de gêmeos, ou de crianças com qualquer tipo de deficiência física, eram os MUKUBAIS. Os recém nascidos nessas condições, entre os Mukubais, eram abandonados em covas, no mato, onde eram devorados por predadores ou formigas, antes de ocorrer a morte por inanição.
Entre os Lundas, ao contrário da maioria dos povos de Angola, o nascimento de gêmeos é altamente festejado, pois considera-se tal acontecimento, indício de bom presságio. É fundamental a mais completa imparcialidade, da parte dos familiares, no tratamento para com irmão monozigotos.

Se acontece um deles ter de ser castigado, o outro também é; o que se oferece a um se oferece ao outro, a comida é repartida igual para os dois gêmeos - Anapaza - e até, se por acaso um deles estiver fora do Mussôco, nem por isso deixa de ter o seu lugar à refeição dos pais e irmãos, e de lhe ser servida a sua porção de alimento.
O que estiver viajando, também se servirá em porção dupla. Mas só nos apercebemos do conceito real em que a maioria tem os gêmeos, quando um deles morre. A morte de um gêmeo é, no ponto de vista de um Lunda, um mal irreparável, acontecimento trágico chorado como nenhum outro, dor que nunca chega a ter resignação. Depois de inúmeras cerimônias fúnebres e rituais feiticistas, a mãe do morto encomenda ao entalhador - Songui - o retrato - Capéria - ou sombra - Tchitchukié - do filho. Essa sombra, a mãe transportará para sempre, debaixo do braço esquerdo, até o gêmeo sobrevivente ser considerado homem.

Depois dele terminar o ritual da circuncisão, a responsabilidade pela figura do morto, passa a ser por conta do irmão.
Ele tem o dever de se fazer acompanhar sempre por esta recordação e trata-la com o maior zelo, contar-lhe das experiências da vida e venera-lo como espírito; nunca acreditam completamente na morte de um ente tão querido.
Um gêmeo a quem tenha morrido o irmão, deverá sempre seguir os pressentimentos que lhe ocorram, pois são tomados como avisos do irmão que, no Éden, goza da companhia de seres omniscientes.
À cerimônia de puberdade de uma menina lunda(Congo) seu pai entra no círculo das mulheres, aponta o dedo para a heroína do banquete e demande: "Os gêmeos são bem? "As mulheres respondem com enfase: "Sim! Sim! Muito bem! " (Turner, 1953, p. 21). Os gêmeos são assimilados a uma menina pubescente. A algumas tribos do Tanganyika, está o pai de gêmeos o único indivíduo de sexo masculino permitiido entrar na cabana onde segura a menina pubescente na hora de sua iniciação (Frazer, 1911-1915, p. 24, mencionando Gouldsbury Sheane, 1911).
A imortalidade vem mostrar a presença deles entre os humanos, é necessário os representar por uma estatueta. Nos deslocamentos, para os campos, para o mercado, para o riacho, a mãe tem que manter nela esta estatueta. Para a casa, na hora da refeição, a pessoa tem que deixar entrar um prato, antes da estatueta, uma parte de comida que a alma das crianças virá comer. Se de aventura as estampas de mãe fique impossibilitada, um membro da linhagem tem que dar para comer a suas crianças que não são realmente morto. A pessoa prepara a este efeito, feijão roxo com muito óleo de palma ", explica em seu local a Sociedade das missões africanas (SMA).
Muitos são os cultos e ritos praticados pelos bantos ao nascimento do Jingongo, Onkila é uma cerimônia-culto de recuperação, originalmente que devolve às mulheres para fertilidade, relativo às crianças nascido de um modo anormal: os gêmeos no primeiro lugar então através de extensão as crianças nascidas pelo assento (ngetshenle), os cercadas pela corda umbilical ou esses que se envolveram na placenta (ngaliomi) :
Os mistérios rondam o estado de gêmeo e o nkita se expressa pelo ritual sólido de plantar uma árvore de banana no lugar onde é enterrado a corda umbilical de um recém-nascido. No nono dia, o tio plantará três árvores de banana no lado direito para cima por criança gêmeas, onde são enterrados as cordas e os ruínas da casa e onde será queimado tudo o que pode ser tocado pelo mesmo na hora do parto. Se uma criança entra para o mundo em uma maneira anormal (pelo assento, os pés, etc.), a pessoa diz nshiele para isto. A coisa terá sido querida por um nkita; e, se ele viver, ele terá uma influência benéfica nas plantações domésticas. O pai deveria realizar um sacrifício no altar dos antepassados ". (Lehuard 1996: 82-83)
Nas tradições, mas também na literatura. Assim, os contos que os põem em fase são numerosos e sempre de realidade. A pessoa acha uma faceta boa ou má destes seres sagrados ou desgraça.
Segundo Ruy Duarte de Carvalho, as yàndá "cativam-se pelas pessoas, velam por elas e pelas águas" (CARVALHO, R.D.,1989, pp. 284-285), manifestando-se, de acordo com as pesquisas feitas por esse antropólogo e poeta angolano, de formas diferentes: "a de lençóis de luz sob as águas, formando feixes de fitas coloridas; a de patos nadando; a de pombos sobrevoando as praias, a de crianças gêmeas brincando, entre muitas outras" (CARVALHO, R.D. apud: SECCO, 2002: 16).
O antropólogo angolano Virgílio Coelho fez um estudo sobre a sociedade luandense, em especial sobre as populações Túmúndòngo - que habitam as ilhas e o platô de Luanda - e os povos de línguas quimbunda. Dentre outros pontos, ele ressalta:
As yàndá são apresentadas como "seres" portadores de luz e de vida, tendo coloração alva, luminosa e um aspecto humano, tanto que, em algumas versões do mito, é descrita com uma longa cabeleira branca à volta do corpo. Relacionada também à fecundidade, a Kyàndà é, geralmente, associada ao nascimento de crianças gêmeas, que possuem faculdades extraordinárias de prever o futuro. Os gêmeos, concebidos como intermediários da kyàndà, quando apresentam algum defeito físico, são portadores, segundo as crenças, de um poder sobrenatural ainda maior. (COELHO, 1997, pp. 127-191).
Pepetela também resgata o mito da criação do mundo quando apresenta Nzàmbí como divindade que se manifesta sob a forma de uma serpente. Na Parábola do cágado velho, a narrativa se inicia apresentando o tempo primordial da formação do mundo e do próprio homem: Suku-Nzambi criou aquele mundo. Aquele e outros, todos os mundos. Suku Nzambi, cansado, se pôs a dormir. E os homens saíram da Grande Mãe Serpente, a que engole a própria cauda. Feti, o primeiro, no Centro, foi gerado pela serpente de água e da água saiu. Nambalisita, no sul, do ovo saiu, partindo a própria casa. Namutu e Samutu, os dois gêmeos de sexo diferente, pais dos homens do país lunda, da serpente diretamente saíram. (PEPETELA,1998, p.9).
Maria Celestina Fernandes ..em A Arvore.. do Jingongo diz “Os pais dos gingongos festejaram o nascimento dos gêmeos, seguindo os costumes da sua gente: "Houve bater de latas no musseque para anunciar a boa nova/ Papá Policarpo chamou seus velhos companheiros de rebita e dançaram pela noite fora. Comida e bebida não faltou" (FERNANDES, 1993, pp. 23-24). A seu tempo, prepararam a "mesa dos gingongos", banquete oferecido aos gêmeos do qual participam outros gêmeos. Na ocasião, os homenageados e os outros gêmeos convidados, todos eles, "lamberam o mel e o óleo de palma para afastar os maus espíritos" (FERNANDES, 1993: 24). De acordo com Óscar Ribas, os alimentos sagrados dos gêmeos são "o mel e o azeite de palma, e sua roupagem, as folhas de mussêquenha e mulembuíji" (RIBAS, O.1989: 137).
Óscar Ribas, escritor e etnólogo angolano, dedicado às pesquisas folclóricas e religiosas angolanas, descreve ritos associados à vida e morte de gêmeos em seu livro Ilundu - espíritos e ritos angolanos. Conta que "os gêmeos, considerados seres sobrenaturais - ituta -, inspiram um culto especial. Entre si, constituem uma irmandade, possuindo cada qual um poder espiritual sobre o congênere" (RIBAS, O.,1989: 137). E que:
Dada a sua especial procedência, todos os atos importantes de sua existência, desde o nascimento à morte, obedecem a um sistema de práticas rituais. Dotados de extraordinária sensibilidade, facilmente se contrariando com o que lhes não agrada, exigem cuidados prontamente satisfeitos. Não apenas a um, mas a ambos ou ao conjunto da mesma gestação (RIBAS, O.,1989: 137).
Conforme Virgílio Coelho em aula ministrada na Faculdade de Letras da UFRJ em 2001, segundo o mito quimbundo, Nzambi criou Samba e Máwèze, o casal primordial que deu origem a inúmeros filhos, dentre eles os primeiros habitantes de Angola: Mpèmba e Ndèle.
A árvore como objeto do desejo dos gingongos remete à Kyàndà. Ruy Duarte de Carvalho revela que a Kyàndà, "embora deusa do mar, também pode estar na terra" (CARVALHO, R.D,1989: 286-287) e que o "imbondeiro é sua árvore predileta" (CARVALHO, R.D.,1989: 286-287). Virgílio Coelho diz que a Kyàndà "pode ser representada por um imbondeiro, ou por um outro elemento da natureza ( apud: SECCO, 2002: 19). Óscar Ribas associa os gêmeos diretamente ao imbondeiro: "o imbondeiro é a sua árvore sagrada. Tal o simbolismo dos vegetais, que, se uma árvore existente numa casa chorar, a mulher grávida que, porventura, lá viver, dará gêmeos à luz" (RIBAS, Ó., 1989: 137).
Américo Correia de Oliveira, no livro A Criança na Literatura Tradicional Angolana, relata que os gêmeos, na sociedade tradicional ambunda , propriamente dita, designadamente na "área" de Luanda, são objeto de estudo por parte de Borges Canto, Ana Sousa Santos e, por último, Óscar Ribas. Sobre Borges Canto, diz que ele considera que nos "Miseke" de Luanda, os "gêmeos são bem-vindos, tratados com toda a deferência, e o seu nascimento é encarado como sinal de sorte, embora sejam temidos devido a serem potencialmente malignos. [...] Acreditam que os gêmeos, espiritualmente, podem ser provenientes de sereias, ou, então, dos seus antepassados". No caso da sereia simpatizar com um dos cônjuges que "passa junto à pousada de uma sereia, esta pode entranhar-se nele", dando origem a gêmeos; se tal não acontece, a "mulher conceberá um filho, em geral deformado (kituta), ou um animal (kituta). Os sinais de futuros gêmeos são transmitidos à mãe pelo"gemer da árvore" ou "sonhos". A morte dos gêmeos é interpretada como "tendo havido desinteligência entre eles, ou, então, tendo um deles mandado o outro embora". (OLIVEIRA, 2000: 171)
Américo de Oliveira relata que Ana de S. Santos, em seus estudos, considera que
"embora não constitua parto anormal, o nascimento de gêmeos pela natureza sobrenatural que lhes atribuem, reveste-se de tal complicação cerimonial que se coloca num plano de parto particular". Assim, quando do seu nascimento, participa-se a todas as mães de gêmeos e crianças gêmeas que vão à mata buscar determinadas plantas para festejarem com cânticos. A autora afirma que os gêmeos são considerados "ituta-gênios" (seres sobrenaturais), e alguns destes gênios são encontrados na água: "mu menya"; nos morros: "mu milundu"; nas bananeiras e palmeiras; e ainda nos matos: "mu mixitu". (OLIVEIRA, 2000: pp. 171-172)
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Fonte; 
http://estudosbanto.blogspot.com.br/2008/12/o-mito-jingongo.html